quinta-feira, junho 20, 2013

Gorjeio do desabafo




Estou fora do mundo. Sim, digo longe e muito distante dos padrões, costumes, hierarquias, "loucuras" aceitas pela sociedade. Indigno-me fácil, luto por aquilo que acredito, tenho ideais e não aceito que me lesem como ser humano ou cidadã. Atitudes repugnantes cercam-me a todo instante, em que a irresponsabilidade e imaturidade são características marcantes de muitos jovens.


Falsos moralistas, com ideologias frágeis e, quase sempre, seguidas de modinhas fazem parte do imaginário social. A história, muitas vezes, é mal interpretada - já não sei até quando, Hegel, ela é racional -, pois os indivíduos, com anarquismos pessoais infundados, levantam bandeiras que presam liberdade, sem cunho crítico, o que os torna cada vez mais íntimos do sistema, no qual liberalismo mostra-se como a coluna dorsal do capitalismo.

A exposição de padrões e consumo nos cerca a cada dia e, como os Coliseus gregos da Antiguidade Clássica, obriga-nos a aceitar, sem relutar, situações impostas por grandes corporações. Acredito que até mesmo o fato de protestar tornou-se uma mercadoria (isso mesmo, Marx), pela Indústria Cultural, a qual passa a lucrar com ideologias que buscam uma sociedade melhor e mais igualitária.

Estamos adquirindo características maquiavélicas a cada dia, mesmo se negarmos, estamos contidos nessa triste realidade. O egoísmo nos toma de forma velada e a manipulação midiática cria oportunidades para que nossa consciência acredite que somos bons e caridosos com o nosso próximo.

Nesse meio termo, volto a escrever. Não considere isso como algo conformista, mas sim como símbolo de uma angústia que tem de ser compartilhada, dita para muitos que lerão e, com certeza, discordarão dos meus pontos de vista. O fato é que é necessária uma desmoralização de conceitos e padrões vigentes, pois (diferente do que defendia Hobbes) o homem tem tornado-se, cada vez mais , mau e egoísta, ao ponto de acreditar que possui o direito de manipular e, inclusive, tirar a vida de outrem, mesmo convivendo na "sociedade civil", com regras e leis.

Um comentário: