
Os afazeres domésticos são uma tarefa que muitas mulheres, por terem extensas jornadas de trabalho, não possuem tempo para fazer. Dessa forma, várias delas recorrem às domésticas, que, apesar da tendência a diminuir a quantidade de funcionárias no setor, ainda representa uma alternativa a várias trabalhadoras que possuem cargas extensivas em seus empregos.
Acredito que a profissão de doméstica, com a ascensão de muitas mulheres atuando nos setores trabalhistas, não irá extinguir-se. Isso porque a desigualdade social, embora dissolvida no âmbito coletivo, ainda existe de forma consistente, pois as oportunidades de qualificação para o mercado de trabalho não conseguem ser difundidas por toda a população. Dessa forma, parte dela permanece sem acesso aos programas e aos benefícios sociais desenvolvidos pelo Governo, muitas vezes, por falta de informação.
Além disso, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam o aumento salarial das domésticas, o que desperta o interesse de algumas mulheres que, muitas vezes possuem qualificação para atuar em outras áreas, mas são atraídas financeiramente e acabam especializando-se nessa profissão. Várias delas trabalham em residências em que a figura feminina desempenha a função de chefe de família e, por razões que variam entre falta de tempo ou exaustão após um dia de trabalho, preferem pagar pela execução dos serviços domésticos.
Em suma, a existência da desigualdade social, que dificilmente será extinta por completo, evidencia que a profissão de doméstica ainda continuará a existir, embora aqueles que solicitem esse tipo de serviço tenham, muitas vezes, que pagar um alto valor por ele. Ademais, a ascensão das mulheres como chefes de família, na maioria dos casos, é uma tendência que reforça o valor das trabalhadoras do lar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário