segunda-feira, agosto 03, 2015

Por que me tornei vegetariana? Parte II


Iniciarei esse texto discorrendo acerca da dificuldade de me impor perante a sociedade a minha nova escolha, principalmente em círculos sociais. Não foram poucas as frases do tipo “qual a diferença entre o boi e uma planta? ”, “você vai adoecer se não comer carne, pode até morrer! ”, “você é só uma e por isso não vai fazer a menor diferença”. Entretanto, permaneci firme no propósito que eu tinha estabelecido, já que uma das minhas maiores convicções é traduzida por aquela famosa frase “cuidado com o que você deseja, pois isso pode tornar-se realidade” e penso que se eu permanecesse sem nenhuma atitude, nem que seja ínfima, de parar a minha ingestão de animais, eu não poderia influenciar outras pessoas e assim criar um círculo, como no filme “ A corrente do Bem”.
Um dos maiores problemas dos seres humanos atualmente é o culto ao imediatismo, as pessoas dificilmente pensam como visionários, tem projetos holísticos e agem pensando a longo prazo. Talvez esse seja um dos motivos pelo qual estamos destruindo o planeta e tendo atitudes que degradam o meio ao nosso redor. Eu sempre me questionei para que vim ao mundo e qual o propósito da minha existência, convicta de que tenho uma missão que é ajudar os outros e contribuir para um planeta mais justo e igualitária, entretanto a maioria dos indivíduos fazem jus uma frase que vi em uma viagem a Vitória “ vejo seres humanos, mas não vejo humanidade”,  porque se importam apenas com os seus próximos 30, 40 ou 50 anos próximos de vida, trabalham para garantir o próprio sustento e a vida boa, não estão dispostos a sair da zona de conforto para amenizar o sofrimento dos outros seres. Salienta-se ainda que ao fazer isso, muitas vezes, eles destroem a própria saúde, sacrificam horas de lazer e de comunhão com suas famílias, distanciam-se dos amigos, tornam-se seres mais frios e solitários.
Com isso, acredito que uma atitude pode disseminar positividade e melhorias para o planeta. Existem campanhas como a “Segunda sem carne” que com certeza caso existissem mais adeptos iria já contribuir bastante para a eliminação de alguns problemas. Outro argumento que me fez repensar a minha postura de ingerir carne foi a quantidade de gado que é criado, de forma compulsória é abatido, além de que esse animal libera grande quantidade de metano, que é um dos responsáveis pela destruição da camada de ozônio e consequentemente, pelo aumento das radiações solares, do câncer de pele e da elevação da temperatura média terrestre (que não é mais ficção, existem vários estudos que comprovam que vários graus a mais tem sido notados na atmosfera terrestre).
Agora, passados 1 ano e 6 meses de minha decisão, estou com a saúde em ordem e faço exames periódicos e hemogramas para checar todas as vitaminas e substâncias que são necessárias para o bom funcionamento do meu organismo, não estou anêmica e nem com déficit de proteínas. É claro que como me preocupo com a minha saúde e busco ter uma alimentação saudável, tendo como base da pirâmide cereais, legumes e soja, juntamente com a ingestão de muitas frutas, vegetais e oleaginosas. Para saber mais da pirâmide alimentar entre nos sites http://www.veddas.org.br/poster_piramide_revista.pdf e http://www.svb.org.br/livros/guia-alimentar.pdf .
Antes de me tornar vegetariana eu me sentia frequentemente indispostas ao ingerir carne, pois sentia que a digestão era muito lenta e, muitas vezes, eu tinha a famosa azia, na qual sentia meu estômago doer e queimar. Esses sintomas todos cessaram quando eu interrompi a ingestão de carne e seus derivados, o que trouxe um maior bem-estar para mim, principalmente em períodos noturnos. De fato, são comprovados por meio de pesquisas a diminuição de doenças em vegetarianos tais como doenças cardiovasculares, Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabete tipo 2, Síndrome Metabólica, Câncer e Doença Diverticular.
Além disso, tornei-me defensora dos animais e tomei conhecimento de várias práticas que agridem e mexem com a cabeça de qualquer ser ético. Alguns experimentos que são feitos com animais, inclusive, dentro de várias universidades que poderiam ser evitados e isso faria com que menos deles fossem sacrificados. Inúmeras são as crueldades do ser humano em relação aos animais e propaga-se uma violência gratuita, já que essa justificativa de que os sacrifícios são feitos “ para matar a fome” já não me convence mais, porque bilhões de pessoas passam fome no mundo e quilos de animais mortos são desperdiçados, o que comprova que esse é um ato puramente egoísta e não contribui para a humanização do ser humano.

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