Iniciarei
esse texto discorrendo acerca da dificuldade de me impor perante a sociedade a
minha nova escolha, principalmente em círculos sociais. Não foram poucas as
frases do tipo “qual a diferença entre o boi e uma planta? ”, “você vai adoecer
se não comer carne, pode até morrer! ”, “você é só uma e por isso não vai fazer
a menor diferença”. Entretanto, permaneci firme no propósito que eu tinha
estabelecido, já que uma das minhas maiores convicções é traduzida por aquela
famosa frase “cuidado com o que você deseja, pois isso pode tornar-se
realidade” e penso que se eu permanecesse sem nenhuma atitude, nem que seja
ínfima, de parar a minha ingestão de animais, eu não poderia influenciar
outras pessoas e assim criar um círculo, como no filme “ A corrente do Bem”.
Um
dos maiores problemas dos seres humanos atualmente é o culto ao
imediatismo, as pessoas dificilmente pensam como visionários, tem projetos
holísticos e agem pensando a longo prazo. Talvez esse seja um dos motivos pelo
qual estamos destruindo o planeta e tendo atitudes que degradam o meio ao nosso
redor. Eu sempre me questionei para que vim ao mundo e qual o propósito da
minha existência, convicta de que tenho uma missão que é ajudar os outros e
contribuir para um planeta mais justo e igualitária, entretanto a maioria dos indivíduos
fazem jus uma frase que vi em uma viagem a Vitória “ vejo seres humanos, mas
não vejo humanidade”, porque se importam
apenas com os seus próximos 30, 40 ou 50 anos próximos de vida, trabalham para
garantir o próprio sustento e a vida boa, não estão dispostos a sair da zona de
conforto para amenizar o sofrimento dos outros seres. Salienta-se ainda que ao
fazer isso, muitas vezes, eles destroem a própria saúde, sacrificam horas de
lazer e de comunhão com suas famílias, distanciam-se dos amigos, tornam-se
seres mais frios e solitários.
Com
isso, acredito que uma atitude pode disseminar positividade e melhorias para o
planeta. Existem campanhas como a “Segunda sem carne” que com certeza caso
existissem mais adeptos iria já contribuir bastante para a eliminação de alguns
problemas. Outro argumento que me fez repensar a minha postura de ingerir carne
foi a quantidade de gado que é criado, de forma compulsória é abatido, além de
que esse animal libera grande quantidade de metano, que é um dos responsáveis
pela destruição da camada de ozônio e consequentemente, pelo aumento das
radiações solares, do câncer de pele e da elevação da temperatura média
terrestre (que não é mais ficção, existem vários estudos que comprovam que
vários graus a mais tem sido notados na atmosfera terrestre).
Agora,
passados 1 ano e 6 meses de minha decisão, estou com a saúde em ordem e faço
exames periódicos e hemogramas para checar todas as vitaminas e substâncias que
são necessárias para o bom funcionamento do meu organismo, não estou anêmica e
nem com déficit de proteínas. É claro que como me preocupo com a minha saúde e
busco ter uma alimentação saudável, tendo como base da pirâmide cereais,
legumes e soja, juntamente com a ingestão de muitas frutas, vegetais e
oleaginosas. Para saber mais da pirâmide alimentar entre nos sites http://www.veddas.org.br/poster_piramide_revista.pdf
e http://www.svb.org.br/livros/guia-alimentar.pdf
.
Antes
de me tornar vegetariana eu me sentia frequentemente indispostas ao ingerir
carne, pois sentia que a digestão era muito lenta e, muitas vezes, eu tinha a
famosa azia, na qual sentia meu estômago doer e queimar. Esses sintomas todos
cessaram quando eu interrompi a ingestão de carne e seus derivados, o que
trouxe um maior bem-estar para mim, principalmente em períodos noturnos. De
fato, são comprovados por meio de pesquisas a diminuição de doenças em
vegetarianos tais como doenças cardiovasculares, Hipertensão Arterial Sistêmica
(HAS), Diabete tipo 2, Síndrome Metabólica, Câncer e Doença Diverticular.
Além
disso, tornei-me defensora dos animais e tomei conhecimento de várias práticas
que agridem e mexem com a cabeça de qualquer ser ético. Alguns experimentos que
são feitos com animais, inclusive, dentro de várias universidades que poderiam
ser evitados e isso faria com que menos deles fossem sacrificados. Inúmeras são
as crueldades do ser humano em relação aos animais e propaga-se uma violência
gratuita, já que essa justificativa de que os sacrifícios são feitos “ para
matar a fome” já não me convence mais, porque bilhões de pessoas passam fome no
mundo e quilos de animais mortos são desperdiçados, o que comprova que esse é
um ato puramente egoísta e não contribui para a humanização do ser humano.
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